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Engenheiro presta depoimento à CEI do Lixo

Denner Beato, representante da Constroeste, falou por quatro horas aos membros da comissão de investigação
Engenheiro presta depoimento à CEI do Lixo

Engenheiro explicou aos vereadores execução dos contratos com a Prefeitura

[20/09/2017]

O engenheiro Denner Fernandes Beato, representante da Constroeste, prestou depoimento de quatro horas nesta terça-feira (19) aos membros da Comissão Especial de Inquérito que investiga os contratos da empresa com a Prefeitura de Rio Preto para serviço de limpeza urbana.

Beato falou sobre os contratos que preveem serviços como coleta de lixo doméstico, faxina urbana, coleta de resíduos da saúde, limpeza de bocas de lobo e varrição de vias e espaços públicos. Ele disse que, independentemente de a Prefeitura possuir fiscalização, "a empresa cumpre o que foi contratado e especificado nos projetos."

O engenheiro reconheceu que o atual número de fiscais disponíveis na Secretaria de Meio Ambiente não seriam suficientes para acompanhar todos os contratos em vigor. "A estrutura é o município que precisa montar. Agora, um veículo com duas pessoas fiscalizando fica difícil acontecer", disse ele, ao responder questionamento do presidente da CEI, Marco Rillo (PT), se "um ou dois homens" era suficientes para fiscalizar "900 bocas de lobo, Faxina Urbana, coleta de lixo etc"

Sobre a limpeza das bocas de lobo, o representante da Constroeste disse que a empresa "cumpre o que está no contrato", assim como o serviço de Faxina Urbana, que previa, entre outros, a disponibilização de 24 caminhões para o serviço. Ele disse ainda que o município suspendeu o serviço de limpeza de boca de lobo em julho deste ano por "questões orçamentárias", mas disse que a suspensão é um risco. "Se não estiverem limpas, as enchentes podem estar às nossas portas novamente."

Já em relação aos resíduos da Faxina Urbana, ele disse que, no último contrato, a previsão máxima era de coletar e destinar 5,5 mil toneladas para o aterro sanitário de Onda Verde, e que, em alguns meses, esse volume foi superado. "Para não parar o serviço e deixar resíduos amontoados na cidade, a gente recolhia, deixava em área de transbordo e pesava no mês seguinte, por isso aquela reportagem dos caminhões voadores. Era uma operação interna, bem rápida."

Por fim, sobre a classificação de animais mortos como "contaminados", o que eleva o custo, ele disse que a empresa segue normas federais, que recomendam sempre, na dúvida, que sob qualquer suspeita, a carcaça seja assim classificada, já que se trata de risco à saúde pública.

O presidente da CEI disse que ter ficado satisfeito com o depoimento do engenheiro, que teria demonstrado "organização" da empresa, mas que ficou evidente a falta de fiscalização da Prefeitura nos "contratos milionários" firmados com a Constroeste. Rillo disse que no relatório final vai "responsabilizar a Administração por não ter dimensionado" de maneira correta a fiscalização nos contratos. O relator da comissão é Pedro Roberto (PRP).

Comunicação/Câmara Municipal

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