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Justiça Federal manda União recuperar prédio da estação ferroviária

Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público Federal dá 180 dias para União apresentar projeto de recuperação da estação, patrimônio histórico do município; atingida por trem, marquise está escorada por toras de madeira e corre o risco de desabar
Justiça Federal manda União recuperar prédio da estação ferroviária

Marquise está escorada com toras e corre risco de desabar por conta de infiltrações

[14/10/2016]

A Justiça Federal de Rio Preto condenou a União a, num prazo de 180 dias, apresentar projeto de restauração da antiga estação ferroviária, imóvel tombado como patrimônio histórico do município e que hoje está em estado de abandono e sucateamento.

Na ação civil pública proposta pelo Ministério Público Federal, o juiz da 1ª Vara Federal, Ademir Pereira da Silva, determina ainda que o governo federal, por intermédio dos órgãos competentes, faça o “reforço das fundações, impermeabilizações e demais medidas necessárias à conservação da estrutura física da edificação, levando-se em conta, em razão da qualidade de bem tombado, a preservação das características arquitetônicas e históricas do mesmo”.

A ação foi proposta pelo MPF em 2009, um ano depois de uma composição atingir e destruir parte da marquise da estação ferroviária, prédio construído em 1929 e responsável pelo desenvolvimento de Rio Preto.

“Da leitura dessas informações, verifica-se que a Estação Ferroviária de São José do Rio Preto está em total abandono. É patente a postura de descaso da proprietária do imóvel (União) e da empresa concessionária, o que causou a deterioração de um patrimônio público, cuja importância histórica e cultural para o município de São José do Rio Preto é indiscutível”, escreveu o magistrado na sentença.

Apesar dos 180 dias estipulados para a apresentação do projeto, o juiz não deu um prazo para início ou conclusão das obras de restauração. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) é quem ficará responsável por acompanhar o andamento dos trabalhos de recuperação da estação ferroviária e fixar o tempo estimado de conclusão da obra.

De acordo com laudo elaborado pelos peritos contratados pelo Ministério Público Federal, a marquise da estação ferroviária está em “péssimo estado de conservação, com sinais de infiltrações e recalques, podendo ser local perigoso para o trânsito de pessoas”. O local está escorado com sete toras de madeira para evitar a queda da marquise.

Além disso, em diligência no local, os peritos do MPF constataram que a então responsável pelo imóvel, a ALL, iniciou a demolição de parte da marquise após a colisão do trem.

Na ação, o MPF pedia que, além da União, o município de Rio Preto e a ALL ficassem responsáveis pela recuperação do imóvel, o que não foi aceito pelo juiz.

Comunicação/Câmara Municipal

Publicado em 14 de outubro de 2016

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