Participaram do evento o deputado estadual Chico Sardelli, presidente da CPI, o deputado estadual Ricardo Madalena, relator, além dos deputados estaduais Abelardo Camarinha, Orlando Bolçone, João Paulo Rillo, delegado Antonio Olim e o Defensor Público Júlio Tanone.
Além do presidente da Câmara de Rio Preto, Fábio Marcondes, estiveram na Audiência os vereadores Dourival Lemes, Karina Caroline, Paulo Pauléra, Alessandra Trigo, Marco Rillo, Celi Regina, Carlão dos Santos, Jean Charles Serbeto, Celso Luís de Oliveira e Eduardo Piacenti.
Marcondes abriu os trabalhos relatando as atividades da Comissão Especial de Inquérito formada na Câmara Municipal para investigar o descarrilamento do trem no jardim Conceição, que matou oito pessoas e deixou mais cinco feridas, além de destruir casas no local. O presidente do legislativo lembrou que a ALL não forneceu todas as informações solicitadas.
“Na época, foram feitos laudos divergentes sobre o acidente. Até hoje não temos, por exemplo, dados conclusivos sobre a velocidade do trem no momento do descarrilamento. A CPI deve checar essas informações”, declarou.
Sardelli apontou que os problemas na linha férrea são frequentes em todo Estado. “Nosso objetivo ao debater essa questão é garantir maior segurança para a população”, disse o presidente da CPI, que apresentou um vídeo com um balanço dos acidentes ocorridos na malha ferroviária em todo o estado nos últimos anos.
De acordo com o Defensor Público Júlio Tanone, no caso do acidente em Rio Preto, a ALL deve cumprir todas suas obrigações relacionadas à indenização das vítimas. “Trabalhamos com uma câmara de conciliação para que as indenizações fossem efetivamente pagas a todas as pessoas atingidas”. Reunião entre membros do Ministério Público, Defensoria Pública e ALL culminou com um termo de conduta que atribui à empresa a responsabilidade pelo pagamento às vítimas.
Tanone informou, ainda, que 22 instituições da cidade recebem recursos para atender a comunidade envolvida com a tragédia. Das oito vítimas fatais, duas eram crianças. No entanto, familiares que participaram da Audiência afirmaram que o acordo feito com a ALL não foi o suficiente para diminuir a dor da perda. “Nossa família não recebeu o tratamento psicológico adequado depois de tudo o que aconteceu”, declarou Consuelo Flora, que perdeu a irmã e o cunhado.
Sueli Dias da Silva, que perdeu cinco familiares, falou sobre a dificuldade de conseguir fechar acordo com a ALL. “Não fomos bem tratados pela empresa e, durante as negociações, nos ofereceram um valor muito abaixo do esperado”, declarou.
Após a Audiência Pública, as autoridades seguiram até o local onde aconteceu o descarrilamento do trem em 2013, no Jardim Conceição. A CPI, que conta, ainda, com os deputados estaduais Davi Zaia, vice-presidente, Barros Munhoz, Roberto Massafera, Márcia Lia e Campos Machado, solicitou que as vítimas que estão descontentes com o acordo firmado com a ALL permaneçam em contato com os membros da Comissão.
Comunicação / Câmara Municipal
Publicado em: 01/01/0001 00:00:00
Publicado por: Imprensa