Projeto de Márcio Larranhaga (PSC) que proíbe festas open bar em Rio Preto divide opiniões; representantes de clubes sociais e realizadores de eventos são contra medida; psiquiatra elogiou projeto
Data Indisponível - Categoria: Notícias da Câmara
Larranhaga abriu a audiência lembrando que eventos beneficentes, que servem alimentos (caso das tradicionais feijoadas) bem como festas de formatura e casamento não serão prejudicadas pela norma. "O problema são as festas regadas a bebida e sem alimentação. O objetivo da lei é evitar a indução de que jovens podem beber até cair", afirmou o vereador.
O juiz da Vara e da Infância de Rio Preto, Evandro Pelarin, elogiou a audiência e ressaltou a importância do debate. "Sempre busquei o caminho do meio. Temos de ter cuidado redobrado com o álcool. Acho que maior mérito da lei é o simbolismo. Acho que está claro que o objetivo é atacar o abuso, o excesso, provocando uma vigilância maior."
O psiquiatra Ururai Barroso fez um discurso enfático em defesa da lei. Na sua opinião, o "álcool é a pior droga da nossa sociedade" e abre caminho para o consumo de outras substâncias químicas, como a cocaína e o crack. "Rio Preto tem um dos maiores índices de violência no trânsito. A pretexto do lucro, onde vamos chegar? Temos de colocar o ser humano acima do lucro."
A psicóloga Márcia Barroso também saiu em defesa da lei de Larranhaga. "Rio Preto incentiva o uso do álcool. A divulgação é o problema. Estamos ensinando nossos jovens que é normal beber. Não podemos banalizar e achar que é normal beber."
Contras
Quem se posicionou contra a proibição das festas open bar foram empresários e representantes de clubes de serviço e entidades beneficiadas pela realização de eventos. Caso do Rotary, que enviou vários representantes de diversos clubes de Rio Preto
Caso do advogado Hugo Abud, do Palácio das Águas. Disse que o problema maior é causado pela "falta de educação e conscientização das pessoas a respeito do álcool." "A proibição vai incentivar a clandestinidade. O problema é o consumo de álcool por menores. Para isso já temos Conselho Tutelar, fiscalização da Prefeitura, entre outros. Essa lei prejudica nossa cidade. Tem todo um setor que depende desse dinheiro. Beber é lícito para maiores de 18 anos", afirmou o advogado.
Na mesma linha seguiram o presidente do Sindicato dos Bares e Hotéis, Paulo Silva, o representante do Asilo de Schmitt, Fernando Gomes e a representante do Rotary Jane Pugliesi. "Não adianta proibir. Cedral, Bady Bassitt. Mirassol vão passar a sediar esses eventos expondo as pessoas a mais riscos, como dirigir nas rodovias", disse Silva.
O colunista social Waldner Lui, que também organiza festas e eventos, alertou para o risco de desaquecimento da economia, já que o setor de festas movimenta áreas como decoradores, garços, seguranças, transporte, bufês etc. "Difícil cercear esse tipo de trabalho que dá emprego e lucro para muita gente. Tem de trabalhar para que não haja menores em festas"
Os vereadores presentes ao evento também se mostraram divididos em relação à lei de Larranhaga. Eduardo Piacenti (PPS) e Marco Rillo (PT) se posicionaram contra a proposta. "Sou contra. Quem tem de cuidar para evitar menores é a Justiça, os promotores, os delegados. Para matar a barata não podemos derrubar a casa. Não podemos proibir festas. Não é assim que vamos coibir o alcoolismo. Esse projeto tem de ser retirado."
Jean Charles (PMDB) ponderou que a lei atinge apenas aqueles festas cujo beber é a principal atração. "Open bar leva como ponto de partida a bebida. Não a festa, um show etc. Só a bebida. Sabemos o quanto de prejuízo é o jovem influenciado por festa open bar. Sou contra bebida até em quermesse", disse o vereador.
Ao final da audiência, ficou decidido que o autor da lei vai se reunir com representantes dos contra e dos favoráveis para tentar construir um texto que não prejudique o setor de eventos e sirva como freio para a realização de festas regadas a álcool.
Larranhaga apresentou projeto após morte de estudante em Bauru que participava de festa que tinha campeonato de quem bebia mais.
Confira a íntegra do projeto e suas emendas aqui
Confira aqui a videorreportagem da audiência
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