Proposta do Poder Executivo tramita desde abril; Legislativo já apresentou oito emendas à matéria
07 de julho de 2025 - Categoria: Notícias da Câmara
A Câmara Municipal de São José do Rio Preto realizou, na noite do dia 7 de julho, audiência pública para debater projeto de Parceria Público-Privada (PPP), de autoria do Poder Executivo, que tramita na Casa. A audiência foi realizada pela Mesa Diretora do Legislativo.
O evento foi aberto pelo presidente da Câmara, vereador Luciano Julião (PL). O vice-prefeito de Rio Preto, Fábio Marcondes (PL), integrou a mesa da audiência, representando o Executivo. Na ocasião, foi apresentado um relatório técnico sobre PPPs, encomendado pela Prefeitura. O documento foi elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). A exposição foi feita por Mário Luiz Silvério, especialista em concessões públicas e PPPs, consultor da Fipe e diretor-executivo da Companhia Paulista de Desenvolvimento, que viabiliza parcerias entre a administração pública e a iniciativa privada.
A projeto da Prefeitura de Rio Preto busca instituir o Programa Municipal de Parcerias Público-Privadas (PPP), destinado a promover, fomentar, coordenar, regular e fiscalizar a realização de PPPs no âmbito da Administração Pública Municipal Direta e Indireta. A proposta do Executivo determina que o dispositivo tenha validade para órgãos da Administração Pública Direta, fundos especiais, autarquias, empresas públicas e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela municipalidade. Para Marcondes, a PPP permite o aprimoramento de serviços públicos. “É uma forma de colocarmos para andar projetos que são sonhados para nossa cidade.”
O consultor da Fipe iniciou a explanação falando sobre o histórico do arcabouço legal das PPPs e os benefícios do modelo. “A vantagem é poder antecipar os investimentos.” E continuou: “PPP não é a simples transferência de prestação de serviço. Tem que agregar investimento”.
Vereadores e munícipes buscaram explicações e manifestaram dúvidas e receios sobre o modelo de parceria público-privada, em especial sobre a forma como funcionaria, por exemplo, a exploração do Parque da Represa, se o modelo poderia onerar a população com novas tarifas ou aumento das já existentes, e se podem surgir casos de cobrança para acesso a locais hoje com entrada livre. Esses e outros pontos - como a possível entrada da iniciativa privada no Semae – já motivaram emendas legislativas feitas ao projeto. Alguns desses adendos feitos ao projeto do Executivo exigem, inclusive, que todas as PPP passem pelo crivo da Câmara.
Questionado se o governo pretende barrar as emendas, o vice-prefeito Fábio Marcondes disse que o Executivo se preocupa com aquelas que podem desconfigurar o projeto, mas se manifestou disposto a debatê-las.
Sobre a exigência de realização de audiências públicas para a realização das PPPs, o representante do Executivo informou que isso já é previsto. “Qualquer parceria que formos buscar e implementar na cidade vai passar por um estudo amplo. E como ente público temos a obrigação de transmitir para a população com audiência pública.”
Mário Luiz Silvério informou que a lei de PPPs não alcança o Semae, já que esse tipo de parceria para autarquias é regido por outra lei.
Histórico
O projeto das PPPs começou a tramitar em abril deste ano. Oito emendas já foram apresentadas pelo Poder Legislativo à proposta. O vereador João Paulo Rillo (Psol) é autor de duas delas. As medidas restringem o programa de PPP aos órgãos da Administração Direta, para que demais entidades da administração pública não sejam afetadas.
Renato Pupo (Avante) é autor de duas emendas. Uma proíbe o uso do modelo de PPPs como instrumento de privatização total ou parcial dos serviços de saneamento básico prestados pelo Semae (Serviço Municipal Autônomo de Água e Esgoto). A outra medida determina autorização legislativa para concessões patrocinadas em que mais de 70% da remuneração do parceiro privado for paga pela Administração Pública. De acordo com o parlamentar, o objetivo, nesse caso, é garantir a transparência a e responsabilidade fiscal nas parcerias, em especial naqueles projetos que envolvem grandes volumes de recursos públicos.
Jean Dornelas (MDB) também é autor de uma dupla de emendas. O primeiro adendo determina que cada um dos projetos do Programa Municipal de PPPs deve ser autorizado individualmente pelo Poder Legislativo, sendo, inclusive, precedidos de audiência pública na Comissão de Concessões e na Comissão de Desenvolvimento Econômico e Defesa do Consumidor, permitindo a participação da sociedade. O outro acréscimo ao projeto feito por Dornelas visa assegurar a gratuidade dos espaços públicos de uso comum e coletivo que atualmente não possuem cobrança de entrada, tais como Cidade da Criança, Parques Ecológicos e Zoo Botânico.
Paulo Pauléra (Progressistas) é o autor de outras duas emendas à proposta da PPP. Na primeira, ele defende que todas as parcerias público-privadas que forem realizadas pelo Executivo - por meio de contratação, convênio ou outra modalidade – sejam elaboradas pela Prefeitura por meio de lei específica e aprovada pela Câmara Municipal. A segunda emenda de Pauléra obriga a realização de audiência pública pela Comissão de Obras durante a tramitação de cada PPP.
Durante as sessões extraordinárias realizadas na quinta-feira, dia 30 de outubro, a 12ª e a 13ª do ano, os vereadores de São José do Rio Preto apro...
Os vereadores de São José do Rio Preto aprovaram dois dos sete projetos que estavam na pauta da 39ª sessão ordinária de 2025. Ambos em regime de ur...
Publicado em: 07 de julho de 2025
Cadastre-se e receba notícias em seu email
Categoria: Notícias da Câmara
Horário de Atendimento
De segunda a sexta-feira: 7:30 às 17:00
Copyright 2025 Todos os Direitos Reservados. Política de Privacidade - Desenvolvido por: Sino Informática. Versão: 1.0.0.37