Audiência na Câmara debate violência contra profissionais de saúde e enfermagem

Encontro foi iniciativa do Coren-SP em parceria com a Comissão de Cidadania; pesquisa mostra que mais de 80% dos profissionais já foram alvo de agressão


29 de setembro de 2025 - Categoria: Notícias da Câmara


A Comissão Permanente de Defesa da Cidadania da Câmara Municipal de São José do Rio Preto, em parceria com o Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) realizou audiência pública para discutir a violência contra a enfermagem.

Participaram da audiência os vereadores João Paulo Rillo (Psol), que preside a comissão, Alexandre Montenegro (PL) e Pedro Roberto (Republicanos), além do presidente do Coren-SP, Sérgio Cleto, a vice-presidente Ana Paula Garnieri, o 1ª secretário, Vagner Batista, e a conselheira Vanessa Sarcella.

Rillo destacou na abertura a importância do SUS e dos profissionais de saúde, que “ficou evidente na pandemia.” “Mostrou que os profissionais de enfermagem são tão importantes quanto qualquer outro profissional de Saúde.” Sobre os casos de violência, Rillo lembrou que “ninguém sai de casa para agredir um profissional de saúde. Precisamos ver quem é o responsável pela demora, pelas instalações. Quanto mais caótico estiver o sistema, mais violência vai acontecer”.

Vagner Batista disse que “os números (de violência) nos assustam e crescem a cada dia. Eu fui vítima de violência, levei soco no rosto e arma no abdômen.” O mesmo disse Vanessa Scarcella “Já fui vítima de agressão. Graças a Deus estou viva. Me assusta profundamente esses números. Todo final de semana tem um caso”.

Cleto elogiou a iniciativa da Câmara em realizar a audiência e da importância da “participação da sociedade num espaço que profissionais têm direito de se expressar.” O presidente do Coren lamentou a ausência de representantes do governo municipal e da segurança pública, e comparou a agressão a um profissional de saúde pela demora a agredir uma caixa de supermercado pelo preço do café. “Se está demorando o atendimento, é porque precisa melhorar o equipamento.”

Levantamento junto à classe

Levantamento realizado pelo Coren identificou que 80% dos profissionais de enfermagem do Estado de São Paulo já sofreram algum tipo de agressão no trabalho, geralmente a partir de pacientes e acompanhantes insatisfeitos com a estrutura das instituições - ou seja, situações que prejudicam também os profissionais de enfermagem.

Segundo a sondagem “Violência sofrida pela enfermagem no ambiente de trabalho”, realizada entre os dias 28 de março e 25 de maio deste ano, que ouviu 7.745 profissionais de enfermagem – enfermeiros, técnicos e auxiliares -, 80,3% já disseram ter sofrido algum tipo de violência nos últimos três anos, sendo que 47,7% “mais de uma vez.”

Outros 57% relataram que no local onde trabalham não é oferecido nenhum tipo de apoio e a maioria esmagadora – 88,8% - dizem que o tipo mais comum de violência é a verbal, sendo a maioria – 68,8% - praticada pelos próprios pacientes, seguido por “familiares do paciente” (58%).

O principal motivo das agressões, diz o levantamento do Coren, é a “demora no atendimento” (65,5%), seguido de “estrutura da instituição (55,3%). A grande parcela de profissionais de enfermagem que respondeu ao questionário atende em unidade do SUS (71,3%), e apenas 29,8% afirmaram ter feito algum tipo de denúncia da violência sofrida. A maioria, 59,4% afirmou não ter feito qualquer denúncia pois existe uma “sensação de impunidade”, seguido de “falta de apoio da instituição” e “medo de perder o emprego.”

Isso em decorrência de 61,7% dos entrevistados que disseram ter feito algum tipo de denúncia responderam que “não houve resultado.”

Ao final da audiência, diversos profissionais de saúde puderam se manifestar sobre as dificuldades e violências enfrentadas nos ambientes de trabalho.


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Publicado em: 29 de setembro de 2025

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