Representantes do Movimento Nacional de Produtores e Sangradores visitaram a Câmara Municipal de Rio Preto para agradecer o apoio do Legislativo na reivindicação para valorização do produto nacional. A categoria esteve em sessão ordinária para dar visibilidade à causa de produtores nacionais que perderam espaço para a borracha importada, comercializada a preço mais baixo.

“Nossa primeira vinda à Câmara de Rio Preto foi de extrema importância porque a gente precisava gritar por ajuda e socorro. Fomos aceitos e fizemos um grande evento que refletiu no Governo Federal, que atendeu nosso pedido, elevando o imposto da importação da borracha”, comemora o presidente Nacional dos Sangradores, Natalino de Freitas.

De acordo com o engenheiro agrônomo Mário Miranda, que é diretor nacional dos Sangradores e Produtores de Borracha, a alíquota de imposto de importação da borracha, que era de 3,2% passará a 10,8%, depois da movimentação dos trabalhadores do setor. “Isso é importante porque fortifica a cadeia produtiva nacional. As usinas estavam em colapso, não conseguindo escoar seu produto nacional. Com a elevação da taxa a gente pretende escoar o produto nacional, consertando esse problema das usinas e, consequentemente, dos produtores e dos seringueiros”, avalia.

O presidente da Câmara, Paulo Pauléra (Progressistas), recebeu os representantes dos sangradores e produtores e ressaltou a importância de o Legislativo abrir espaço para que os cidadãos apresentem suas reivindicações para a sociedade. “Nos sentimos muito felizes em receber novamente os sangradores na Câmara, que ocuparam o plenário de uma maneira inédita. Estamos felizes em contribuir, abrindo as portas não só para esse movimento, mas para qualquer categoria. Essa Câmara está aberta para mostrar o que acontece e, como presidente, recebo com muito carinho essa comitiva.”

O Movimento Nacional de Produtores e Sangradores fez uso da Tribuna Livre durante a 10ª Sessão Ordinária, em março deste ano. Na ocasião, membros do movimento lotaram as galerias do Legislativo para apresentar a situação em que se encontrava o setor: Enquanto a produção da borracha nacional era comerciada por mais de R$ 6,50 o litro, o produto importado de países asiáticos e africanos chegava ao Brasil por menos de R$ 3.

Ainda integrava o grupo que visitou o presidente Paulo Pauléra, para agradecer o apoio, a produtora Fernanda Gabriel. Ela ressaltou a relevância da presença feminina no campo. “Hoje nós temos muitas famílias que são sustentadas pela mulher produtora, sangradora, a mulher que foi abandonada ou perdeu alguém da família e ela ficou sozinha. Nós do movimento temos muito a força feminina, lutamos pelo direto da mulher, direito da família, e queremos agradecer a Câmara de Rio Preto por esse apoio.”

Comunicação / Câmara Rio Preto

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