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Ielar diz que em breve apresenta parceiros interessados em assumir hospital

Em reunião com vereadores da Comissão de Saúde da Câmara, representante do Ielar disse que negociações com dois grupos "estão muito adiantadas"
Ielar diz que em breve apresenta parceiros interessados em assumir hospital

Fasanelli disse que em breve apresenta grupos interessados em assumir Ielar

[19/04/2017]

Em reunião com vereadores membros da Comissão Permanente de Saúde da Câmara, o advogado do Instituto Espírita Nosso Lar (Ielar), Éder Fasanelli, afirmou que nos próximos dias deve apresentar o nome de grupos interessados em assumir as instalações e operações do hospital, que fechou as portas no último dia 29 de março.

"A situação hoje é que estamos com conversas muito adiantadas com grupo que venha comprar tudo: prédio, estrutura, serviços, etc. São negociações complexas, mas nosso tempo é exíguo. O que posso adiantar é que com dois grupos as negociações estão muito adiantadas", afirmou Fasanelli, que não quis revelar aos vereadores os nomes dos interessados para não atrapalhar as negociações.

Na reunião, que teve ainda participação de representantes da Prefeitura, como o secretário de Saúde, Eleuses Paiva, o advogado admitiu que a intenção do Ielar é vender todas as suas instalações para quitar dívidas, que segundo a Fazenda, chegam a R$ 80 milhões. O Ielar fala em R$ 60 milhões. "Ielar tem dívidas? Tem. Mas queremos que prédio e instalações permitam o pagamento das dívidas trabalhistas e com fornecedores. Com um grupo comprando o prédio, pagamos essas dívidas e viabilizamos a operação", afirmou.

Durante sua fala, Fasanelli pediu colaboração da Prefeitura, principalmente no que envolve a negociação com eventuais parceiros. "Tudo depende da viabilidade por parte da Prefeitura. Nenhum grupo vai entrar (no negócio) para ficar em conflito permanente com a Prefeitura".

O secretário de Saúde, Eleuses Paiva, afirmou que a Prefeitura tem todo interesse que o negócio seja viabilizado, desde que todos os procedimentos legais sejam cumpridos. "Tenho de cumprir a lei. Se é justo ou não é, não entramos nesse mérito. Se não cumprir a lei, é improbidade", disse o secretário, sobre o impasse no repasse de recursos que motivou o fechamento do hospital.

Assim como na reunião de 7 de abril, Eleuses voltou a citar os motivos que levaram a Prefeitura a não fazer os repasses de subvenção social ao hospital, que em 2017 totalizariam R$ 12 milhões. "A lei 13.019, que normatiza as regras de relacionamento com o terceiro setor, faz uma série de exigências para o repasse de subvenções. Entre as exigências, está a que entidades não tenham nos tribunais contas rejeitadas ou julgadas irregulares. E ao analisar as certidões, detectamos que o Ielar tem as contas de 2010 e 2011 julgadas irregular com trânsito em julgado", afirmou.

Ainda durante a reunião da Comissão de Saúde, Eleuses anunciou a abertura de licitação para compra de equipamentos por imagem para a rede municipal bem como a contratação de novos prestadores de serviço para a Saúde. Uma parceria já encaminhada é com a Beneficência Portuguesa. "Rio Preto tem sete hospitais. Estamos em contato com todos. E a Beneficência foi a primeira a se posicionar, dizendo que se coloca à disposição para a realização de 200 cirurgias eletivas mês. Foi a primeira resposta positiva. Estamos em entendimento com o hospital do Frei Francisco, que está avaliando quantos atendimentos pode fazer."

Sobre os atendimentos que eram feitos pelo Ielar - em média 389 internações, 680 emergências e 2 mil consultas eletivas mês - Eleuses disse que todos estão sendo redirecionados para a própria rede municipal ou os dois parceiros atuais, Santa Casa e Hospital de Base. "O impacto não foi tão grande como em 2013 (quando o Ielar também paralisou os serviços), já que a rede estava mais preparada. Monitoramos (o impacto) e o pico máximo de aumento na demanda foi de 8% na Santa Casa."

Ao final da reunião, o presidente da comissão, Renato Pupo (PSD), disse que considerava esclarecidas todas as dúvidas e ressaltou que a  Câmara continuará acompanhando os desdobramentos da crise. "O representante do Ielar disse que em uma semana, 10 dias, apresenta o parceiro. Vamos aguardar e acompanhar o desfecho."

Comunicação/Câmara Municipal

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